quinta-feira, 6 de junho de 2013

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TAIS LIGIANI RICARDO
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É complicado falarmos de nós mesmos, 
É complicado falarmos de nós mesmos, principalmente quando diz respeito de nossas experiências. Bom em relação à leitura o que posso falar é que a mesma mudou minha vida ainda quando estava no ensino médio. Naquela época tínhamos que ler um livro por mês para realizar uma prova, lembro-me que a professora separava a turma em dois grandes grupos e selecionava dois livros de Literatura Brasileira para que lêssemos. No entanto eu não tinha o hábito de ler um capítulo ou algumas páginas por dia, então o tempo foi passando e nada de ler, até que estava se aproximando o dia de realizar a prova.
Como naquela época não havia internet para ler o resumo, resolvi ler o livro no fim de semana que antecedesse a prova, eis que assim começa minha jornada. Durante o sábado e o domingo li o livro escolhido “A Moreninha” de Joaquim Manuel Macedo, achei a história interessante, porém foi muito cansativo o processo de leitura. Consegui realizar a prova e fui bem sucedida na mesma. Mas dessa experiência consegui tirar uma lição, não é bom deixar as coisas para realizar na última hora.  Então a partir dessa experiência de ler um livro em apenas um fim de semana adquiri o hábito de ler algumas páginas ou até mesmo capítulos por dia, quando ainda estava no ensino médio. Pois percebi que praticando a leitura diariamente, não era cansativo e ainda assim poderia ter um tempo para refletir sobre aquilo que tinha lido.
Dessa experiência levo a seguinte aprendizagem: A leitura além de nos trazer conhecimentos, nos transportar para outros mundos e nos permitir que possamos viver outras vidas, a prática da leitura diária pode nos tornar disciplinados. Digo isso, pois a leitura me ajudou nesse aspecto.
Por isso concordo plenamente com aquilo que Rubem Alves diz sobre a literatura e consequentemente a leitura.

A literatura é um processo de transformações alquímicas. O escritor transforma – ou, se preferirem uma palavra em desuso, usada pelos teólogos antigos, “o escritor transubstancia” – sua carne e seu sangue em palavras e diz a seus leitores: “Leiam! Comam! Bebam! Isso é a minha carne. Isso é o meu sangue!”. A experiência literária é um ritual antropofágico. Antropofagia não é gastronomia. É magia. Come-se o corpo de um morto para se apropriar de suas virtudes.[...]
ALVES, Rubem. A beleza dos pássaros. In: ______. Na morada das palavras. 3. ed. Campinas: Papirus, (N/D). p. 66.

Acredito que seja bem isso que aconteça com aqueles que leem, um ritual antropofágico simbólico, tiramos tudo de melhor que a leitura tem a nos oferecer.   

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