Leitura e Escrita: Mágica da Vida
"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão" Paulo Freire
sexta-feira, 21 de junho de 2013
domingo, 16 de junho de 2013
Situação de aprendizagem: A crônica narrativa e suas características específicas
Texto: Avestruz de Mário Prata
Ano/ série: 6º ano
Tempo previsto: 8 a 10 aulas
Conteúdos e temas: Elementos da narrativa (retomada); características específicas da "crônica narrativa", com ênfase na descrição da personagem; expressão de opiniões pessoais; leitura fruidora de narrativa; levantamento de vocabulário.
Competências e habilidades: Reconhecer características do gênero "crônica narrativa"; ler e comparar diferentes textos narrativos (texto escrito, o filme, a imagem da avestruz).
Estratégias:levantamento prévio partindo do título do texto e biografia/ produções do autor; leitura silenciosa; leitura oral pelo professor; leitura colaborativa pelos alunos; levantamento de vocabulário desconhecido que dificulta a leitura e sentido global do texto.
Recursos:caderno do aluno e do professor (volume 2); lousa/ giz; filme Os pinguins do papai e aparelho de DVD; SAI e livros com animais na Biblioteca.
Avaliação: produção de texto/ a descrição do próprio animal de estimação ou daquele que gostaria de ter (caso haja alguém que não o tenha); avaliação oral através de debate regrado abordando o comportamento do garoto do texto e seus pais; breve relato escrito de apreciação do filme assistido e o inusitado no texto e no filme que permite- nos a intertextualidade.
A seguir, o roteiro para aplicação da aprendizagem.
1- Levantamento de hipóteses:
Primeiramente falaríamos sobre o escritor Mário Prata: quem é ele e seu estilo de escrita.
Em seguida questionaríamos sobre o título do texto: o que vocês acham que vai tratar esse texto com o título Avestruz? Você já foi a um zoológico?Quem já viu ou conhece uma avestruz?Do que você acha que ele se alimenta? Como vive? Será que é domesticável? O que esse animal está fazendo na história?
2- Leitura do texto:
-silenciosa;
- oral pelo professor;
- leitura compartilhada pelos alunos.
3- Questionamento oral do texto/ debate:
Que animais é comum termos como domésticos?
Não é normal um garoto de 10 anos querer/ insistir em ter uma avestruz como animal de estimação.
Como você imagina que seja esse garoto? Ele é mimado, paparicado?
É correto os pais concordarem com essa imposição do garoto?
Encontre no texto uma justificativa para o garoto querer tanto essa avestruz.
4- Trabalhando o gênero "crônica- narrativa":
Retomar as características da crônica- narrativa; observar a ênfase dada à personagem, inclusive a descrição da mesma no decorrer do texto.E na sequência, a produção da descrição feita por eles.
5- Pesquisa na SAI:
Pesquisarem sobre a ave: sua imagem, alimentação, hábitos, habitat e outras informações que julgarem pertinentes.
6- Assistir ao filme Os pinguins do papai:
Verificarem o inusitado também no filme, onde os pinguins são criados dentro do apartamento; após assistirem, o debate regrado sobre o filme e por fim, a produção do relato do mesmo como combinado antes.
OBS.É possível a intertextualidade do texto Avestruz com o livro Gênesis da Bíblia, onde temos a criação do mundo.
domingo, 9 de junho de 2013
Comentários importantes de personalidades de diferentes áreas.
J. C. Violla
Bailarino, coreógrafo, ator e professor de dança
Dinâmico e cheio de vida, Violla encontra na literatura um contraponto para a sua agitada arte corporal. "A leitura é uma coisa absolutamente importante para mim", declara.
Ela ajuda a concentração, me leva para dentro, me acalma e alimenta espiritualmente. Quem trabalha muito com o corpo geralmente passa a vida preocupado apenas em esticar a perna, alongar o braço, fazer belos arabescos, enfim, fica preso demais ao próprio físico. Eu não queria ficar assim. Queria 'esticar a cabeça' também. Sou ávido por conhecer as coisas, saber mais. Faço questão de estar bem informado e antenado com o mundo..
Fonte: Depoimento feito ao site da Livraria Cultura em 2004.
Contardo Calligaris
Psicanalista
A função essencial da literatura, a seu ver, é a de libertar o ser humano:
A literatura é o catálogo das vidas possíveis e impossíveis. Quanto maior for nossa liberdade, mais necessário se torna ter um catálogo de experiências possíveis para poder exercê-las. Porque ninguém é capaz de inventar uma vida a partir de nada. A vida é inventada a partir de uma combinatória de sonhos que já foram sonhados. A literatura é um meio de aprender a sonhar a própria liberdade. Foi onde aprendi que podia e talvez precisasse viajar, "perder países", como dizia Fernando Pessoa. Na literatura, descobri que havia alhures e que só esses alhures podiam dar algum sentido ao lugar onde, por acaso, eu tinha nascido.
Fonte: Depoimento feito ao site da Livraria Cultura.
Antonio Candido
Crítico literário e ex-professor de Teoria Literária na USP
As produções literárias, de todos os tipos e todos os níveis, satisfazem necessidades básicas do ser humano, sobretudo através dessa incorporação, que enriquece a nossa percepção e a nossa visão do mundo. [...]. Em todos esses casos ocorre humanização e enriquecimento, da personalidade e do grupo, por meio de conhecimento oriundo da expressão submetida a uma ordem redentora da confusão.
Entendo aqui por humanização (já que tenho falado tanto nela) o processo que confirma no homem aqueles traços que reputamos essenciais, como o exercício da reflexão, a aquisição do saber, a boa disposição para com o próximo, o afinamento das emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da vida, o senso da beleza, a percepção da complexidade do mundo e dos seres, o cultivo do humor. A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade, o semelhante.
Fonte: CANDIDO, Antonio. Direitos humanos e literatura. In: ______. Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004.Voltar
Um pouquinho do meu perfil
Olá, me chamo
Solange, estou na educação há quinze anos. Quando prestei vestibular acabei
fazendo letras por falta de opção, pois na verdade o meu sonho era psicologia,
enfim terminei o curso de letras, fui trabalhar como professora. No início sofri muito
porque sou idealista, no entanto aprendi a lidar com a situação. Parei de
trabalhar por uns sete anos. Voltei. Gosto do meu trabalho e faço com amor,
apesar de todas as dificuldades que enfrentamos como educadora. Continuo
fazendo tudo o que posso pelos meus alunos e pelas escolas onde trabalho. Tenho
dois filhos, uma menina e um menino. Minha filha, hoje faz psicologia na UNESP
de Bauru, sem influências minha. Moro em Marília e trabalho em três escolas.
Quero aprender cada vez mais para aprimorar minhas práticas de ensino e
continuar atuando como educadora.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
,
TAIS LIGIANI RICARDO
(1 resposta)
2/6/2013 16:29
É complicado falarmos de nós mesmos,
É complicado falarmos de nós mesmos, principalmente quando diz respeito de nossas experiências. Bom em relação à leitura o que posso falar é que a mesma mudou minha vida ainda quando estava no ensino médio. Naquela época tínhamos que ler um livro por mês para realizar uma prova, lembro-me que a professora separava a turma em dois grandes grupos e selecionava dois livros de Literatura Brasileira para que lêssemos. No entanto eu não tinha o hábito de ler um capítulo ou algumas páginas por dia, então o tempo foi passando e nada de ler, até que estava se aproximando o dia de realizar a prova.
Como naquela época não havia internet para ler o resumo, resolvi ler o livro no fim de semana que antecedesse a prova, eis que assim começa minha jornada. Durante o sábado e o domingo li o livro escolhido “A Moreninha” de Joaquim Manuel Macedo, achei a história interessante, porém foi muito cansativo o processo de leitura. Consegui realizar a prova e fui bem sucedida na mesma. Mas dessa experiência consegui tirar uma lição, não é bom deixar as coisas para realizar na última hora. Então a partir dessa experiência de ler um livro em apenas um fim de semana adquiri o hábito de ler algumas páginas ou até mesmo capítulos por dia, quando ainda estava no ensino médio. Pois percebi que praticando a leitura diariamente, não era cansativo e ainda assim poderia ter um tempo para refletir sobre aquilo que tinha lido.
Dessa experiência levo a seguinte aprendizagem: A leitura além de nos trazer conhecimentos, nos transportar para outros mundos e nos permitir que possamos viver outras vidas, a prática da leitura diária pode nos tornar disciplinados. Digo isso, pois a leitura me ajudou nesse aspecto.
Por isso concordo plenamente com aquilo que Rubem Alves diz sobre a literatura e consequentemente a leitura.
A literatura é um processo de transformações alquímicas. O escritor transforma – ou, se preferirem uma palavra em desuso, usada pelos teólogos antigos, “o escritor transubstancia” – sua carne e seu sangue em palavras e diz a seus leitores: “Leiam! Comam! Bebam! Isso é a minha carne. Isso é o meu sangue!”. A experiência literária é um ritual antropofágico. Antropofagia não é gastronomia. É magia. Come-se o corpo de um morto para se apropriar de suas virtudes.[...]
ALVES, Rubem. A beleza dos pássaros. In: ______. Na morada das palavras. 3. ed. Campinas: Papirus, (N/D). p. 66.
Acredito que seja bem isso que aconteça com aqueles que leem, um ritual antropofágico simbólico, tiramos tudo de melhor que a leitura tem a nos oferecer.
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